Moradores “indignados” com localizações do CCTV de Lisboa
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Moradores da área do Cais do Sodré, em Lisboa, estão contestando a escolha dos locais para a instalação de 30 câmeras de videovigilância e reclamam que as ruas mais perigosas foram deixadas de fora.
Por TPN/Lusa, in Notícias, Portugal, Crime, Lisboa · 26 Cʼhwe 2025, 17:02 · 0 Comentários
“Estamos indignados e chocados. Escolheram imediatamente lugares onde ninguém mora e por onde ninguém passa”, disse à Lusa Isabel Sá da Bandeira, da Associação Aqui Mora Gente
.A associação que pretende representar os moradores da cidade de Lisboa está contestando os locais escolhidos pelas entidades para instalar as 30 câmeras de videovigilância na zona do Cais do Sodré, que eram esperadas há uma década.
De acordo com essa associação, as câmeras foram instaladas “em ruas por onde ninguém passa”, notando que nove delas “estão filmando o vazio”.
“As câmeras foram instaladas em áreas onde não eram necessárias e onde só há moradores de rua”, lamentou.
No entendimento da associação, as câmeras deveriam ser colocadas em locais como Rua de São Paulo, Praça de São Paulo, Rua das Flores, Largo dos Stephens, Travessa do Alecrim, Rua dos Remolares e Travessa dos Remolares
“Locais onde há crime todos os dias, cenas de brigas e tráfico de drogas. No entanto, a Câmara Municipal [de Lisboa] vai instalar câmeras no Cais de Sodré onde não há ninguém. Não conseguimos entender isso”, ressaltou.
Contactada pela Lusa, fonte da Câmara Municipal de Lisboa, presidida por Carlos Moedas (PSD), frisou que a responsabilidade pela escolha dos locais onde as câmaras de videovigilância estão instaladas é da PSP e do Ministério da Administração Interna, as únicas entidades responsáveis por “avaliar os riscos de segurança e fazer ajustes”.
“Podemos revelar que o presidente Carlos Moedas já solicitou formalmente ao Ministério da Administração Interna que avalie a mudança de prioridades ao plano definido em 2018 e que implemente um sistema de videoproteção em Arroios, São Domingos de Benfica, Martim Moniz, Avenida da Liberdade e outras ruas do Cais do Sodré (Rua dos Remolares, Travessa dos Remolares e Praça de São Paulo)”, acrescentou.
A Lusa questionou o Ministério da Administração sobre esse pedido, mas não recebeu resposta até o momento.
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